domingo, 8 de junho de 2008

sometimes it's more difficult than it seems.

quando penso em ti o tempo não pára, mas tudo se move como que em câmera lenta. os sentidos difundem-se, a calma estabiliza, o coração e a memória entram em sintonia e bombardeiam momentos em revista, a nossa banda sonora toca no meu ouvido como que a sussurrar, no céu as nuvens correm a pouquíssimos quilómetros por hora, o vento forte parece uma brisa suave. tudo parece descontrolado e pouco banal ou comum. as horas perdem-se e extinguem-se, à volta nada se foca, a minha pele arrepia-se, os meus olhos cerrados nada mais sentem a não ser a tua imaginada respiração, as minhas mãos sentem o quente das tuas por recordação, os meus abraços pressentem um abraço teu. no entanto, a telepatia do pensamento é uma incógnita. passados alguns segundos, sinto vontade de me abster, derrubar aquele mundo e voltar ao inultrapassável e repetitivo quotidiano. apesar do conhecido aforismo que diz quando o amor é correspondido o pensamento é mútuo e recíproco, também é algo dubitável, sobretudo quando a distância teima em alargar-se e afastar os corpos e a cumplicidade que já havia sido alcançada. não serão as palavras baratas, nem as caras, nem mesmo a eloquência que te trarão de volta. será, talvez, a conquista de batalhas desta guerra. a batalha de um simples e ao mesmo tempo complexo 'amo-te', a batalha do furto de um sincero e apaixonado beijo, a batalha de te agarrar a mão e não a largar mais, a batalha da união indestrutível. todas elas eu quero conquistar, para que mais não seja preciso eu isolar-me e constituir o mundo do tempo quase parado, mas sim, para que esse mundo seja ao teu lado, com os corações unidos num só e sem que seja necessário voltar ao tal banal quotidiano.

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