quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Today, love caught me and made me write about it.

Já vai longe o tempo em que a paixão tomava conta de mim. Aquele tempo em que tudo o que é uníssono a uma relação consola e eleva, abalroando qualquer perturbação e sofrimento que apareça. Aquelas alturas em que a conformidade e a cumplicidade são os objectivos e ambições, em que se faz sigilo de vontades e planos, em que se entrelaçam as mãos e é como se nada mais existisse. Quando juntos e envolvidos no quente abraço apaixonado, contemplam e meditam sobre o luar e as estrelas, quando se trocam olhares brilhantes e, naquele silêncio inacabável, se apreciam os traços faciais, mutuamente. Subjacentes encontram-se não só os carinhos e trocas ternurentas entre corpos, mas também as palavras e expressões que se permutam, elaboradas, eloquentes, ou espontâneas. Adjacências que provocam e criam no parceiro um estado emotivo cada vez mais descontrolado, e que o tornam tão vulnerável ao amor, àquilo que realmente frui dentro deles, essa paixão tão assolapada e incontrolável. Os sacrilégios, as atitudes totalmente repreensíveis podem dar aso a desentendimentos momentâneos e esporádicos mas, a fortaleza com que este amor oblativo se constrói, sobrepõe-se aos momentos menos bons. E quando, nas breves despedidas, se perde de vista aquele que toma conta de nós, procriam-se dentro de nós as saudades, os desejos e esperanças, ligados à vontade de o rever, de reviver ou viver mais e melhores momentos a seu lado e, também, ao passar e correr do tempo, ansiando-se o apressar do mesmo nas horas de afastamento, e o seu lentar nas horas de proximidade. Como em tudo na vida, nestas ocasiões de magia perdura o medo de perda, uma certa insegurança... Todavia, deve ser atenuado este espírito negativo com a confiança, as promessas que sabemos que conseguiremos cumprir e com uma apreensão (incutida pelas belas expressões trocadas, por todos os carinhos e sacrifícios, esforços) que faça instalar-se uma maior estabilidade e satisfação. Tantos aspectos, características... Tudo tão indescritível, sim.





(Para quê uma repetitiva continuação? A paixão e o amor têm tanto que se lhes diga... É dispensável uma maior e pormenorizada descrição).

domingo, 27 de janeiro de 2008

Why is my satisfaction so difficult to get?

É imprevisível, incomodativo e perturbador. Um estado de espírito que nem sei como nem porque chega. Instala-se, preside e fica até eu perder a paciência (algo sujeito a uma certa fugacidade). É como um jogo, em que o falhado sou sempre eu, e o vencedor é sempre ele. É o 'expert' e eu sou o principiante que luta contra o monstro da fase final vezes a fio, permanecendo naquele nível inultrapassável. Ou, se preferível, poderei ainda pensar que é algo que se instalou porque eu tolerei e deixei, que usa e abusa, põe e dispõe da minha susceptibilidade sem cessar. E, por ter cedido tal permissão, é algo devastador do qual não me consigo livrar.
Por outras palavras, ou sorrio de orelha a orelha, ou me rebaixo de cima a baixo. Sendo que a primeira hipótese vem no seguimento da segunda... Angústia, tédio e desespero advêm dessa fraqueza impetuosa que se apoderou de mim e, risos, gargalhadas e piadas surgem quando já não há mais nada para lamentar. Ainda assim, aquando terminado tudo isto, o ciclo repete-se, inúmeras e incontáveis vezes, melhor citando, perco o controlo da situação.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Nothing can change it,

Sei que penso de maneira errónea e que, principalmente, mostro o meu mundo como algo promíscuo. Porém, abstrair-me de tudo isto torna-se demasiado difícil, e é inadmissível, sim. Incontrolavelmente tal perturbação apodera-se de mim e perco o 'fim à meada'. Deixo escapar a minha capacidade de racionalizar e não consigo tomar partido de algo que me eleve ou que ponha um fim a este sofrimento. Ser omnipresente, omnisciente, omnipotente... Algo tão impossível e tão egoísta de se desejar, ansiar, querer. Conseguir dissipar-me, lançar-me em várias direcções e descobrir, procurar e encontrar tudo o que mude o que aqui é imperfeito, completar todas as minhas imprudências e sublimar tudo o resto que já possuía. De dia para dia deveria ganhar força e ânimo, mas comovo-me cada vez mais, sinto-me mais debilitado e a mínima eminência que fruía dentro de mim foi-se destruíndo. É minha obrigação compenetrar-me que sentir-me tão melindrado comigo próprio é defeito e, como tal, deve ser ultrapassado com fervor e vontade.


(Contudo é simples pensar... porque partir do início e atingir a meta é algo fulminante, assustador e difícil de conseguir).

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Às vezes...

Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito e posteriormente aperceber-nos-emos das consequências positivas ou negativas da decisão tomada. Somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor. Lutámos contra algo que nos feriu a susceptibilidade e desistimos de algo que apontava ser transitório. Porque na vida, às vezes, é preciso deitar tudo abaixo, começar do início e mudar aquilo que parece não ter solução. É necessário pedir silêncio, paz, sossego, tempo para nós mesmos, sem dor, sem tristeza.

sábado, 12 de janeiro de 2008

I don't look back, I live the present, despite having lots of problems, but, at this moment, I'm feeling so fragile... After those moments with my friends, I couldn't keep me strong, it's unbelievable. I have to find an explication for all these strange feelings, for all this stupid emotions. At least once, I should be able to overcome my weaknesses, raise my head and convince myself that I can do it better, I can act in a differente way. Perhaps I need something new, something that provides me cheerful and colorful days, instead of being always melancholic and worrying or annoying the others with my problems, definitely.

So... To avoid the possibility of becoming repetitive, I'm going to take care of my thoughts.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Dilema,

Subitamente, tomo consciência da enorme estupidez de atitudes que tomo, que nem sequer deviam ser postas em prática. Vontade minha de as tomar, inexistente. Porém, o inconsciente sobrepõe-se à ponderação e é tão mais forte e rápido que a probabilidade de prevalecer é muito maior. Efectivamente que razões concretas para reagir de tal maneira não há... Apenas razões abstractas e invenções, especulações por mim feitas e que se solidificam em relação à verdadeira realidade e/ou correcta forma de me sentir. É tão incontrolável e ao mesmo tempo tão intolerável que por entre todas estas trocas e baldrocas acabo por me se sentir desorientado e deslocalizado e ao transpôr aquilo que sinto, preocupo aqueles que me são próximos. Sentindo tamanhas idiotices, ganho ânsia de gritar para dentro de mim, arrancando raízes às árvores de problemas que aqui florescem, explodindo veias aos mesmos, e trespassando este mundo que teima em me prejudicar. Porventura será cruel de minha parte culpar outrém por esta disfunção psicológica mas... Ao mesmo tempo, fazê-lo torna-se de certa forma, um alívio. A culpa não desaba toda sobre mim, mesmo que, por instantes eu me acuse totalmente. Talvez por não ter algo mais com que me preocupar, me torne minucioso, vá até aos mínimos detalhes. A vida é isto mesmo, e consegue pelos mais pequenos detalhes tornar-se aliciante, estonteante e emocionante.


terça-feira, 8 de janeiro de 2008


Garbage


domingo, 6 de janeiro de 2008

I lost my own senses.

Às vezes devia conseguir exprimir o inexprimível, explicar o inexplicável, evitar o inevitável, descrever o indescritível, acabar o inacabável, perceber o imperceptível, conciliar o inconciliável, conhecer o irreconhecível, perdoar o imperdoável, permutar o impermutável, perturbar o imperturbável, comparar o incomparável, mudar o imudável, mover o imóvel, parcializar o imparcial, tornar passível o impassível, modificar o imodificável, moralizar o imoral, sensibilizar o insensível, fazer pertinente o impertinente, abalar o inabalável, tolerar o intolerável, possibilitar o impossível...
Devia mas não consigo. Falta-me coragem, tempo, palavras, argumentos, razões, explicações, testemunhas, ajudas, apoio, vontade. Falta-me força para erguer a cabeça quando ela cai. Nada se encontra como antes...

Tenho que voltar ao Diogo de antigamente, é impreterível.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

It's hard to live here, in this world.

Mergulhamos cada vez mais numa total desordem que é impossível de decifrar e organizar. As falsidades e mentiras que tanto se banalizaram; o ser-se interesseiro e aproveitador deixou de ser algo tão falado, especulado e criticado; a dupla personalidade, uma de dia e uma à noite, é agora a prioridade de muitos; atribuir defeitos e criticar toda a sociedade que passa por entre as ruas desta cidade, tornou-se tão normal; o conhecer das pessoas por aquilo que são, que é agora tão intentado, somente (para a maioria) o aspecto físico é relevante... Tudo hábitos, costumes, quotidianos, sim. Envolveram-se com a realidade e, relativamente a muitos, passaram a ser as normalidades da actualidade, em detrimento das de há uns tempos atrás.
Deparo comigo mesmo em situações de reflexão extrema, em que me apercebo que tudo se encontra perdido, grande parte de nós perdeu os bons princípios com que fomos educados, e esses ganharam um novo significado. Sermos aceites ou não, depende de muita coisa. É inconcebível, ferimos inúmeras vezes a nossa própria susceptibilidade para não nos sentirmos postos de parte. Tabacos, drogas, festas, saídas, bebidas... Tudo factores preponderantes que constituem o tão conhecido e titularizado conceito, a popularidade.
Porém, seria de todo errado não admitir que eu próprio, inserido nesta sociedade consumista e tão diferenciada, cometo erros como tentar interagir com todas estes novas e habituais maneiras de viver, que tantas vezes fazem com que só nos sintamos felizes se participarmos nas tão importantes actividades da 'nata fina e popular' da cidade.
Esta complexidade e especificidade em que recentemente passámos a viver, mostra que com o decorrer do tempo nada se iguala ao que se desenrolou antigamente, e é tão atribulado morar neste mundo que, incontestavelmente nos esquecemos das coisas mais elementares e importantes.