E aquele abismo que me derrotou, perante o qual me inferiorizei, permanecendo de cabeça cabisbaixa, evitando o diálogo sobre tal situação e intervindo apenas quando necessário... Esse mesmo que foi tudo menos indolor. Perante ele paralisei, perdi as forças e pejorei-me, dissipando e esquecendo todas as virtudes de que sempre fui dotado e também que a culpa do sucedido nem sequer caía sobre mim. Permaneci inerte, considerei que seria algo inelutável, pelo qual não poderia batalhar mais, a única hipótese era continuar a existir, mas sozinho, sem caminhar mais para ti e martirizando-me, de certo modo, por ter tido mais um relacionamento fracassado. Porém, naquela altura admito, só queria um abraço, um toque, uma promessa que se pudesse levar a efeito, um aconchego, só ansiava sentir que o meu porto de abrigo não tinha deixado de o ser. Não nego que, mais difícil que tudo, foi ter que partir e deixar-te ir num estado de desarme total. As marcas que deixaste foram fortes, continuam a ecoar e os carinhos que tantos planos juraram, provocam a incerteza e a inteligível dúvida de como teria sido se nada disto se tivesse desenrolado.
Não esqueci, não eliminei. Fui orgulhoso e obstinado, é certo. Não me arrependo, nem me condeno por o ter sido. Apesar da saudade e do desejo que se apoderaram na altura, a rejeição e o ter sido, indirectamente, mandado embora, prevaleceram sobre tudo o resto. Ainda hoje tomam conta de mim e, menos que há uns dias, fizeram com que nas minhas mãos e na minha cabeça não coubessem mais motivos para me elevar. Mal amado, senti que os esforços que havia feito de nada tinham servido, e que a plena sensação de perda me considerava a mim e só a mim o culpado. Entreguei-me vezes sem conta, sem qualquer hesitação, apenas com medo, aflição... Sentimentos que apressadamente aqueciam e davam lugar a esperança, convicção, certeza, segurança e estabilidade.
Desde então, ninguém mais conquistou um lugar dentro de mim da maneira que tu fizeste, tornou-se sólida a encrenca de me voltar a apaixonar. Desconfio de qualquer palavra, e levo tudo à letra, "endivido" o meu pensamento, porque roubo significados para as coisas que nem sempre são os mais adequados. A minha vida é um caos, um rodopio de emoções e trânsito de sentimentos. É aterrorizador e apenas sinto vontade de a sublimar. Poderia fazê-lo se estivesse enamorado, com os olhos brilhantes e se me sentisse acarinhado, sacrificando-me com tudo aquilo o que a pessoa tivesse direito. Não é essa a situação, mas espero, aguardo, mantenho-me na expectativa dum futuro promissor e comprometedor, capaz de me tornar naquilo que fui anteriormente, inabalável quase sempre, derrotável num número de vezes contabilizáveis pelos dedos.
Desde então, ninguém mais conquistou um lugar dentro de mim da maneira que tu fizeste, tornou-se sólida a encrenca de me voltar a apaixonar. Desconfio de qualquer palavra, e levo tudo à letra, "endivido" o meu pensamento, porque roubo significados para as coisas que nem sempre são os mais adequados. A minha vida é um caos, um rodopio de emoções e trânsito de sentimentos. É aterrorizador e apenas sinto vontade de a sublimar. Poderia fazê-lo se estivesse enamorado, com os olhos brilhantes e se me sentisse acarinhado, sacrificando-me com tudo aquilo o que a pessoa tivesse direito. Não é essa a situação, mas espero, aguardo, mantenho-me na expectativa dum futuro promissor e comprometedor, capaz de me tornar naquilo que fui anteriormente, inabalável quase sempre, derrotável num número de vezes contabilizáveis pelos dedos.
1 comentário:
Que texto Dioguinho, adorei :'$ @
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